Essa mania que o prefeito tem de assumir a paternidade de filhos dos outros e considerando as notícias constantes de lixo hospitalar espalhados pelas estradas, não se pode constatar outra coisa que não seja a falta de "porcos pra tanta lavagem". Talvez isso explique a tentativa do Zé de adquirir autorização para mais porcos no chiqueiro.
Aqui no Brejo é o seguinte, primeiro se cria um ambiente propício ao aedes aegypti. Depois deixam crescer o matagal do "Parque dos Namorados". Por falta de segurança, deixam roubar os peixes da fonte da Praça Mariquinha Silveira e para concluir, a velha política de querer aparecer, conforme manchete no site da prefeitura:
Aqui no Brejo é o seguinte, primeiro se cria um ambiente propício ao aedes aegypti. Depois deixam crescer o matagal do "Parque dos Namorados". Por falta de segurança, deixam roubar os peixes da fonte da Praça Mariquinha Silveira e para concluir, a velha política de querer aparecer, conforme manchete no site da prefeitura:
MUTIRÕES DE COMBATE À DENGUE INICIAM NESTA QUINTA FEIRA
19/01/2011
Combate à dengue em Francisco Sá.
O período chuvoso é época propícia para a proliferação do temido Aedes aegypt, mosquito transmissor da dengue.
Em Francisco Sá, a administração municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde, se preparou para combater o mosquito.
Um comitê foi criado e várias ações junto à comunidade já foram realizadas, tais como: passeatas com alunos, passeio ciclístico, carreatas, dentre outras.
Pensando na intensificação do combate ao mosquito, a prefeitura, através do comitê, iniciam nesta 5ª feira os mutirões de limpeza. Uma equipe com mais de 80 pessoas, dentre elas: enfermeiros, agentes de saúdes e agentes da vigilância sanitária sairão às ruas de casa em casa recolhendo todo e qualquer lixo dos quintais. É acabando com o foco que se acaba com o mosquito.
Uma barraca será montada na praça principal da cidade a fim de intensificar o trabalho de orientação e informação à população. Só com ações concretas será possível evitar um surto da doença.
Desde já, o comitê de combate à dengue convida a toda a população para participar do mutirão, abrindo a porta de suas casas e deixando a equipe entrar. Entre na luta. Ajude a acabar com o mosquito.
Prefeitura de Francisco Sá e secretaria municipal de saúde.
Uma barraca será montada na praça principal da cidade a fim de intensificar o trabalho de orientação e informação à população. Só com ações concretas será possível evitar um surto da doença.
Desde já, o comitê de combate à dengue convida a toda a população para participar do mutirão, abrindo a porta de suas casas e deixando a equipe entrar. Entre na luta. Ajude a acabar com o mosquito.
Prefeitura de Francisco Sá e secretaria municipal de saúde.
Fonte: www.franciscosa.mg.gov.br
E vamos concordar: De marketing eles são péssimos
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"Apesar dos pesares", pelo menos com relação a isso, a farra pode acabar. É o que conta o ESTADO DE MINAS, disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/02/04/interna_tecnologia,207786/pesquisadores-usam-bacteria-para-bloquear-a-dengue-no-mosquito-aedes.shtml
Pesquisadores usam bactéria para bloquear a dengue no mosquito Aedes
Australianos e pesquisador mineiro usam bactéria achada na mosca da fruta para 'vacinar' Aedes e impedir que haja transmissão do vírus, que em 2010 afetou 900 mil brasileiros
Paula Sarapu
Publicação: 04/02/2011 09:27 Atualização: 04/02/2011 09:33
Para o pesquisador Luciano Andrade, a descoberta, aliada à conscientização da população, pode acabar com a epidemia de dengue no Brasil a médio e longo prazo
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, acena para a possibilidade de se controlar a transmissão do vírus da dengue. Quarenta cientistas do mundo inteiro participam do trabalho de microinjeção de embriões – que deixa o mosquito Aedes aegypti mais resistente à dengue – e um único brasileiro, de Belo Horizonte, acredita que o país também tenha potencial para desenvolver o mesmo estudo. Para o pesquisador do Laboratório de Malária do Centro de Pesquisas René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (CPqRR/Fiocruz), Luciano Andrade Moreira, a descoberta, aliada à conscientização da população, pode acabar com a epidemia de dengue no Brasil a médio e longo prazo.
Os estudos começaram há seis anos, quando cientistas australianos decidiram injetar em ovos do Aedes aegypti a bactéria Wolbachia, encontrada nas moscas das frutas, as drosófilas. Só para conseguir introduzir a bactéria nos ovos foram quatro anos de testes. Os especialistas descobriram que a bactéria causava a morte prematura das drosófilas e o mesmo conceito foi aplicado ao mosquito transmissor da dengue. Assim, os pesquisadores conseguiram reduzir a longevidade do inseto infectado com a doença.
"A ideia era fazer o mosquito morrer logo, para não transmitir o vírus da doença, mas descobrimos outras implicações para a cadeia alimentar e o meio ambiente e, por isso, há dois anos, começamos a trabalhar com a bactéria de outra forma, apenas bloqueando a transmissão da dengue, sem que o mosquito precisasse morrer. É como se o mosquito fosse vacinado e ficasse resistente ao vírus", explica o pesquisador do CPqRR/Fiocruz.
Dez mil ovos foram usados nos testes ao longo dos seis anos, mas apenas duas larvas fêmeas conseguiram se tornar adultas e procriar. Segundo o cientista mineiro, toda a linhagem de mosquitos, a partir destsa geração, terá a bactéria em suas células e estará "protegida" da dengue. "Se este projeto der certo, será o suficiente. A partir do mosquito solto na natureza, a bactéria é transmitida mais facilmente, aumentando a prole protegida que invade a população. É um grande passo no combate à dengue e, com ações conjuntas, pode ser a salvação".
O ciclo do mosquito não é longo: o Aedes leva 15 dias para se tornar adulto. Depois de cruzar, a fêmea pica o humano e suga o sangue para poder procriar, o que ocorre quatro ou cinco vezes ao longo de sua vida. De acordo com Luciano Andrade, cada fêmea põe cerca de 500 ovos em 30 dias, tempo médio de vida do inseto. Durante os estudos na Austrália, apenas 30% dos 10 mil ovos que receberam a bactéria Wolbachia nasceram. A maioria, segundo Luciano, estourava. Das larvas, porém, 90% não apresentavam a bactéria e muitas também ficavam estéreis.
Na segunda etapa da pesquisa, os especialistas escolheram dois subúrbios da cidade de Cairns, no Nordeste da Austrália, em localidades confinadas por canaviais e com casos de dengue. A partir de agora, a cada semana, por um período de 12 semanas seguidas, 10 insetos infectados com a bactéria serão soltos em cada uma das residências. Depois, é só esperar a dispersão dos mosquitos e a disseminação da infecção da bactéria. "Já são 70 gerações de mosquitos com a bactéria. Agora, estamos no processo de liberação desses insetos na natureza e até o meio do ano que vem já teremos resultados", acredita.
O projeto custou US$ 18 milhões. Na Austrália, país que não tem epidemia de dengue, são apenas 1 mil casos por ano – o Brasil registrou mais de 900 mil casos em 2010. Alguns mosquitos "vacinados" seguem em setembro para o Vietnã, país que se assemelha ao Brasil em números de casos, guardadas as proporções do tamanho do território e população. O pesquisador da Fiocruz Minas Saiba mais...
Luciano Andrade Moreira já solicitou ao Ibama autorização para trazer ao Brasil mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. Ele aguarda a decisão para dar início aos estudos de laboratório. Em 2011, os cientistas vão desenvolver o mesmo trabalho na Tailândia.
Luciano é engenheiro agrônomo e doutor em genética. Ele foi convidado a participar das pesquisas por dois anos e meio, em seu pós-doutorado, e voltou ao Brasil em janeiro, com a expectativa de desenvolver o trabalho e apresentar a sugestão ao Ministério da Saúde, por intermédio da Fiocruz. "Nosso país tem um grande potencial para desenvolver esta pesquisa, mas precisamos avançar muito ainda".
O cientista mineiro destaca os desafios de se desenvolver o estudo no Brasil. "Precisamos fazer estudos em laboratório, que devem levar ao menos dois anos, e pedir autorização do Ministério da Saúde para as outras fases do projeto", diz. "O Aedes aegypti não é encontrado infectado na natureza. Por isso, é preciso avaliar o impacto ambiental e viabilizar um lugar no país para a liberação desses insetos com a bactéria. Precisa ser um local que não tenha muitos casos de dengue, que seja mais isolado e não registre migração de pessoas. Também precisamos da aceitação da população e da aprovação das autoridades e financiamento. O estudo é só o ponto de partida", afirma o pesquisador.
Em 2010, as mortes por dengue dobraram no país. Em relação ao ano anterior, houve aumento de 89,7% no número de casos, de acordo com resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2010, divulgado em novembro. De janeiro até 16 outubro, foram registrados 936.260 casos contra 489.819 de 2009. No mesmo período, a doença levou à morte 592 pessoas. Em 2009, foram 312 casos fatais. Para Luciano, ainda que o projeto dê certo, não se pode descartar o uso do inseticida, as campanhas sociais de educação da população e até a criação de uma vacina contra a dengue.
Resistência
Em São Sebastião (SP), pesquisa da Superintendência de Controle de Endemias daquele estado verificou que o mosquito da dengue está mais resistente: ele deposita ovos em água salobra (mistura de água do mar com água doce). A constatação indica que o Aedes se adaptou. Ele não se reproduz apenas na água limpa e parada, mas com concentração de sal e resíduos químicos.
Pesquisadores usam bactéria para bloquear a dengue no mosquito Aedes
Australianos e pesquisador mineiro usam bactéria achada na mosca da fruta para 'vacinar' Aedes e impedir que haja transmissão do vírus, que em 2010 afetou 900 mil brasileiros
Paula Sarapu
Publicação: 04/02/2011 09:27 Atualização: 04/02/2011 09:33
Para o pesquisador Luciano Andrade, a descoberta, aliada à conscientização da população, pode acabar com a epidemia de dengue no Brasil a médio e longo prazo
Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, acena para a possibilidade de se controlar a transmissão do vírus da dengue. Quarenta cientistas do mundo inteiro participam do trabalho de microinjeção de embriões – que deixa o mosquito Aedes aegypti mais resistente à dengue – e um único brasileiro, de Belo Horizonte, acredita que o país também tenha potencial para desenvolver o mesmo estudo. Para o pesquisador do Laboratório de Malária do Centro de Pesquisas René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz em Minas Gerais (CPqRR/Fiocruz), Luciano Andrade Moreira, a descoberta, aliada à conscientização da população, pode acabar com a epidemia de dengue no Brasil a médio e longo prazo.
Os estudos começaram há seis anos, quando cientistas australianos decidiram injetar em ovos do Aedes aegypti a bactéria Wolbachia, encontrada nas moscas das frutas, as drosófilas. Só para conseguir introduzir a bactéria nos ovos foram quatro anos de testes. Os especialistas descobriram que a bactéria causava a morte prematura das drosófilas e o mesmo conceito foi aplicado ao mosquito transmissor da dengue. Assim, os pesquisadores conseguiram reduzir a longevidade do inseto infectado com a doença.
"A ideia era fazer o mosquito morrer logo, para não transmitir o vírus da doença, mas descobrimos outras implicações para a cadeia alimentar e o meio ambiente e, por isso, há dois anos, começamos a trabalhar com a bactéria de outra forma, apenas bloqueando a transmissão da dengue, sem que o mosquito precisasse morrer. É como se o mosquito fosse vacinado e ficasse resistente ao vírus", explica o pesquisador do CPqRR/Fiocruz.
Dez mil ovos foram usados nos testes ao longo dos seis anos, mas apenas duas larvas fêmeas conseguiram se tornar adultas e procriar. Segundo o cientista mineiro, toda a linhagem de mosquitos, a partir destsa geração, terá a bactéria em suas células e estará "protegida" da dengue. "Se este projeto der certo, será o suficiente. A partir do mosquito solto na natureza, a bactéria é transmitida mais facilmente, aumentando a prole protegida que invade a população. É um grande passo no combate à dengue e, com ações conjuntas, pode ser a salvação".
O ciclo do mosquito não é longo: o Aedes leva 15 dias para se tornar adulto. Depois de cruzar, a fêmea pica o humano e suga o sangue para poder procriar, o que ocorre quatro ou cinco vezes ao longo de sua vida. De acordo com Luciano Andrade, cada fêmea põe cerca de 500 ovos em 30 dias, tempo médio de vida do inseto. Durante os estudos na Austrália, apenas 30% dos 10 mil ovos que receberam a bactéria Wolbachia nasceram. A maioria, segundo Luciano, estourava. Das larvas, porém, 90% não apresentavam a bactéria e muitas também ficavam estéreis.
Na segunda etapa da pesquisa, os especialistas escolheram dois subúrbios da cidade de Cairns, no Nordeste da Austrália, em localidades confinadas por canaviais e com casos de dengue. A partir de agora, a cada semana, por um período de 12 semanas seguidas, 10 insetos infectados com a bactéria serão soltos em cada uma das residências. Depois, é só esperar a dispersão dos mosquitos e a disseminação da infecção da bactéria. "Já são 70 gerações de mosquitos com a bactéria. Agora, estamos no processo de liberação desses insetos na natureza e até o meio do ano que vem já teremos resultados", acredita.
O projeto custou US$ 18 milhões. Na Austrália, país que não tem epidemia de dengue, são apenas 1 mil casos por ano – o Brasil registrou mais de 900 mil casos em 2010. Alguns mosquitos "vacinados" seguem em setembro para o Vietnã, país que se assemelha ao Brasil em números de casos, guardadas as proporções do tamanho do território e população. O pesquisador da Fiocruz Minas Saiba mais...
Luciano Andrade Moreira já solicitou ao Ibama autorização para trazer ao Brasil mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. Ele aguarda a decisão para dar início aos estudos de laboratório. Em 2011, os cientistas vão desenvolver o mesmo trabalho na Tailândia.
Luciano é engenheiro agrônomo e doutor em genética. Ele foi convidado a participar das pesquisas por dois anos e meio, em seu pós-doutorado, e voltou ao Brasil em janeiro, com a expectativa de desenvolver o trabalho e apresentar a sugestão ao Ministério da Saúde, por intermédio da Fiocruz. "Nosso país tem um grande potencial para desenvolver esta pesquisa, mas precisamos avançar muito ainda".
O cientista mineiro destaca os desafios de se desenvolver o estudo no Brasil. "Precisamos fazer estudos em laboratório, que devem levar ao menos dois anos, e pedir autorização do Ministério da Saúde para as outras fases do projeto", diz. "O Aedes aegypti não é encontrado infectado na natureza. Por isso, é preciso avaliar o impacto ambiental e viabilizar um lugar no país para a liberação desses insetos com a bactéria. Precisa ser um local que não tenha muitos casos de dengue, que seja mais isolado e não registre migração de pessoas. Também precisamos da aceitação da população e da aprovação das autoridades e financiamento. O estudo é só o ponto de partida", afirma o pesquisador.
Em 2010, as mortes por dengue dobraram no país. Em relação ao ano anterior, houve aumento de 89,7% no número de casos, de acordo com resultado parcial do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) 2010, divulgado em novembro. De janeiro até 16 outubro, foram registrados 936.260 casos contra 489.819 de 2009. No mesmo período, a doença levou à morte 592 pessoas. Em 2009, foram 312 casos fatais. Para Luciano, ainda que o projeto dê certo, não se pode descartar o uso do inseticida, as campanhas sociais de educação da população e até a criação de uma vacina contra a dengue.
Resistência
Em São Sebastião (SP), pesquisa da Superintendência de Controle de Endemias daquele estado verificou que o mosquito da dengue está mais resistente: ele deposita ovos em água salobra (mistura de água do mar com água doce). A constatação indica que o Aedes se adaptou. Ele não se reproduz apenas na água limpa e parada, mas com concentração de sal e resíduos químicos.
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